quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Poema da Simplicidade


Escrito juntamente com meu grande amigo Felipe Ramos, blogger do Servo do Silêncio.

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Eu quero saber onde estou
Eu quero ser quem eu sou
Eu quero tentar conseguir
Não mais chorar quando deveria sorrir

Não quero nunca mais lembrar
Dos tempos de quando éramos amantes
De quando você começava a cantar
E dos teus olhos brilhantes

Não quero mais lembrar de instantes marcantes
Nem tentar vida a dois, nem ser amante
Eu quero é que os meus olhos novamente se encantem
Com coisas simples da vida, com o pão nosso de cada dia

E que cada dia esse simples amor seja meu sol
Que me guie e me ilumine por onde quer que eu vá
Que nas manhãs eu ouça o canto do rouxinol
Acalmando meu coração e me fazendo cantar

E que cada tarde esse simples amor seja acalanto
Que me resguarda em segredo das agressões do mundo
Que pela tarde se encha de carinho e afago o meu canto
Que ele brote sempre e sempre mais, do meu eu mais profundo

Porque tudo que é bom não é melhor que o verdadeiro amor
O amor que está em tudo e em tudo
Do imenso céu à pequena flor
E no coração de cada pessoa do nosso mundo

E de grão em grão, a galinha enche o papo
E de peito em peito o amor leva um pedaço
Da tristeza que insiste em ficar depositada
Silenciosa e aflita dentro da alma

Em versos de amor eu me desfaço
Me reconstruo sempre faltando um pedaço
Um pedaço de você que ficou
Num canto que ninguém olhou

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